Rafael Carneiro

RETROVISÃO

Imagens vernaculares encontradas ao acaso, no lixo de um asilo, são apropriadas e revalorizadas em novos percursos, evidenciando o poder de atração existente entre elas. Outros elos de afeto são estabelecidos, aliviando dores pregressas de abandono e desprezo. Esse olhar para trás, para o passado, chamado aqui de retrovisão, reforça a idéia gestáltica que o todo é mais que a soma de suas partes. Propõe-se, com a adoção dessas imagens, uma compreensão mais ampla sobre a produção artística contemporânea, sobre a memória e seus mecanismos de ruptura e sobre o esquecimento e o abandono dos idosos na atualidade.