Rafael Carneiro

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ÓRBITA

A série surge do acaso: fotografias da retina humana foram encontradas em um hospital abandonado. Nas mãos de Rafael Carneiro, contudo, elas são ressignificadas e ganham uma interpretação cosmológica ao serem expostas tridimensionalmente, como planetas em órbita. Ao identificar as similaridades entre a retina - camada fina de tecido fotossensível localizada no interior do olho, que transforma luz em estímulo nervoso e o envia ao cérebro - com o filme na câmera fotográfica, o fotógrafo propõe reflexões acerca do olhar fotográfico, sobre o microcosmo, sobre o macrocosmo e sobre o princípio hermético da correspondência, que coloca essas realidades em paralelo, evidenciando analogias entre os fenômenos universais e as artes visuais. Composta por 12 imagens de tamanhos variados que formam um políptico, a montagem forma uma elipse onde as molduras se fundem à parede, ressaltando a órbita formada pelas retinas.

Políptico com 12 imagens em tamanhos variados | Total 220x150cm